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Sempa e DSEI discutem parceria para garantir segurança alimentar na área indígena

É uma porta que se abre de um parceiro importante para a administração do prefeito Bi Garcia, para que a Sempa possa atuar em todos os segmentos, tanto nas comunidades tradicionais, no caso as indígenas, como também na agricultura familiar.

Notícia do dia 28/09/2017 Ouvir Notícia
Sempa e DSEI discutem parceria para garantir segurança alimentar na área indígena Foto: Peta Cid

  

Discutir alternativas de produção agrícola para a área indígena, fomentar atividades produtivas, assessorar as comunidades com projetos, assistência técnica, crédito, comercialização e principalmente garantir a segurança alimentar que é fundamental para minimizar a persistência de doenças, estão entre as prioridades da parceria que  começa a ser articulada entre a Prefeitura de Parintins , por meio da Secretaria de Pecuária, Agricultura e Abastecimento (Sempa) e o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Parintins.

O encontro entre o secretário de Pecuária, Agricultura e Abastecimento, Edy Albuquerque e o coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena de Parintins, José Augusto, o Nenga, representou a real possibilidade de colocar em prática um trabalho que já vem sendo pautado pela Sempa, desde a primeira visita de Albuquerque na área indígena no mês de maio.

“Muito importante a vinda do coordenador do DSEI para que possamos estreitar  cada vez mais a parceria e levar às famílias indígenas assistência técnica, projetos, crédito e focar na  segurança alimentar que é a maior dificuldade. É uma porta que se abre de um parceiro importante para a administração do prefeito Bi Garcia, para que possamos atuar em todos os segmentos,  tanto nas comunidades tradicionais, no caso as indígenas, como também na agricultura familiar de modo geral”, acentuou.

Para Albuquerque é um grande desafio articular projetos para assegurar o alimento para os índios e fomentar atividades produtivas como a pecuária, agricultura, piscicultura e abrir postas para a comercialização.  

"Acreditamos que com a união os projetos podem ser concretizados para melhorar a qualidade de vida das famílias. A missão do poder público é levar o desenvolvimento e os investimentos para a região, observando a vocação das comunidades e respeitando a tradição e a cultura", enfatizou.

De acordo com José Augusto do DSEI, as comunidades indígenas vivem basicamente da produção de mandioca e seus derivados. O pescado é mais escasso, a carne é mais escassa e os índios usam de seu tradicionalismo para se alimentar com a coleta das frutas da floresta e tendo o extrativismo como sua principal atividade. “Aqueles que recebem o Bolsa Família e tem acesso aos benefícios do INSS conseguem comprar produtos na cidade, mas que não é o suficiente para o tamanho da população que aumenta a cada ano”, informou o coordenador do DSEI.  

Ele falou da importância de estreitar a parceria com a Prefeitura via Sempa para levar às populações indígenas a oportunidade de ter o seu alimento de subsistência, levando em conta que a falta dele em algumas terras indígenas acaba colaborando com a persistência de doenças, já que o alimento é fundamental no tratamento e na cura de grávidas,  crianças e idosos. “O DSEI Parintins tem a missão de fazer a atenção básica, a saúde primária junto à população indígena, mas temos a necessidade de ter essa articulação com as secretarias de produção do Estado e municípios na área da pecuária, da agricultura e piscicultura, num somatório de forças que vai nos levar a ter a segurança alimentar nas terras indígenas e saúde para as famílias”, pontuou.

José Augusto comentou que no encontro foi ventilada a importância de buscar na Fundação Nacional do Índio (Funai), a parceria para se trabalhar a questão cultural, por meio da atuação de técnicos e antropólogos que podem intermediar as ações que mostrem aos indígenas a necessidade de buscar alternativas e modelos de produção  que são fundamentais para a sobrevivência.