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Superando seus próprios limites, atleta parintinense ganha duas medalhas no JEAs

Diogo Marinho, de 13 anos, já é considerado uma grande promessa do atletismo parintinense.

Notícia do dia 27/07/2017 Ouvir Notícia
Superando seus próprios limites, atleta parintinense ganha duas medalhas no JEAs Foto: Kedson Silva

Nascido e criado na aua Senador Álvaro Maia, Centro da cidade de Parintins, o parintinense Diogo Marinho, do CETI Dep. Gláucio Gonçalves, saiu do anonimato após conquistar a medalha de prata na prova do pentatlo nos Jogos Escolares do Amazonas (JEAs), disputado em Manaus.

Com cinco provas em um único dia (100 metros com barreira, salto em altura, salto em distância, arremesso de peso e resistência nos 800 metros), superou o limite do próprio corpo e se tornou o segundo melhor atleta do Estado do Amazonas na modalidade. Diogo, com apenas 13 anos de idade, é uma das grandes promessas parintinenses no esporte. "Estou muito feliz, orgulhoso e honrado por estar aqui representando a minha cidade. Saio daqui com essa medalha de prata que para mim vale ouro por ter sido meu primeiro ano e disputando com os melhores do Estado", salienta.

Prova

O filho de dona Ângela Tania Marinho, participou pela primeira vez dos JEAs e confessa que superou também seus limites emocionais. "Quando entrei na pista para a primeira prova, que foi os 100 metros com barreira, senti medo e fiquei muito nervoso. De início jamais imaginei que seria medalhista. Apesar de tudo, fiz uma boa prova e passei a acreditar, me concentrar e me esforçar um pouco mais", explica Diogo.

Superação

O medalhista detalha também como ocorreu a superação física. "Na última prova, a de resistência nos 800 metros, pensei que não fosse nem completá-la de tão cansado que eu estava. Tive chance de conquistar a medalha de ouro, porém o corpo já estava no limite, mas consegui chegar na segunda colocação que me garantiu a medalha de prata, superando o cansaço. Quando o corpo 'esfriou' quase não conseguia andar, exausto, cansado e doído, mas muito feliz pela conquista da medalha".

Treinamentos

Seus locais de treinos, o Circuito Escorpião, o Campo da Gávea e a própria escola não dispõem de espaços e equipamentos adequados para treinamentos. "Temos pouco tempo para treinar, não temos locais, tênis esportivos e aparelhos adequados para treinamentos e para as disputas, levando os professores a improvisarem aparelhos. Teve um tempo que cheguei até a parar de treinar, depois retornei, talvez isso tenha afetado um pouco meu rendimento na disputa. Isso prejudica muito. A gente vai para competições oficiais e se depara com o piso mais fofo, então tem muita dificuldade, a perna fica diferente. O modo de pisar é até difícil de explicar".

Descoberta

O Atleta, que também foi bronze no revezamento 4x75, sempre gostou de prova de velocidade. "Os professores fizeram uma seletiva na escola em várias modalidades de atletismo e eu me dediquei em quase todas. Foi a partir daí que recebi o convite dos professores Weverton, Paula e Élida para treinar o pentatlo e eu aceitei como desafio", destacou.

Sonho

Marinho retorna à Parintins com o pensamento em ir mais longe no esporte, para poder ajudar a família, dando a ela uma condição financeira melhor. "Vejo muitos atletas que mudaram de vida com o esporte. Hoje, me vejo com possibilidade de também ser um deles, vencedor no esporte", ressaltou.

"Ao chegar, primeiramente vou rever minha família e mostrar com orgulho a minha medalha, depois focar nos estudos, mas a partir de agora, nunca esquecendo os treinamentos. A experiência vivenciada esse ano serve de estímulo para treinar e voltar aqui ano que vem, ser campeão e disputar pela primeira vez os Jogos Brasileiros que é meu sonho", finalizou Marinho